Iogurte e diabetes tipo 2: visão
geral dos recentes estudos epidemiológicos
O professor
Jordi Salas, da Espanha, discutiu os avanços sobre os efeitos positivos do
iogurte na diabetes durante o 4º Yogurt Summit, realizado no Congresso de
Biologia Experimental 2016, em San Diego, nos Estados Unidos. Seus últimos
resultados de pesquisa revelaram a influência positiva do consumo de iogurtes
na redução dos riscos de diabetes tipo 2 em pessoas idosas e com alto risco de
problemas cardiovasculares.
Os produtos
lácteos são frequentemente acusados de gerar problemas adversos à saúde devido
aos teores de gordura saturada. Crenças irracionais estão levando à redução no
consumo. Entretanto, a totalidade das evidências dos estudos prospectivos
mostra que os ácidos graxos saturados dos lácteos não aumentam os riscos de
doenças arteriais coronarianas ou de derrames, nem de mortalidade por doenças
cardiovasculares. Além disso, os lácteos magros, que são alimentos densos em
nutrientes, estão claramente associados com a redução no risco de diabetes tipo
2.
O consumo de
lácteos, especialmente de lácteos fermentados, como o iogurte, foi inversamente
associado com as medidas do metabolismo da glicose e sensibilidade à insulina.
Além disso, a maioria dos estudos prospectivos publicados demonstrou que o
consumo de iogurte normalmente está relacionado inversamente ao ganho de peso
corpóreo, obesidade, síndrome metabólica, diabetes e doenças cardiovasculares.
Dados dos Estados Unidos e do Reino Unido também revelaram uma associação
inversa entre a frequência do consumo de iogurte e o risco de diabetes (-18%: 3
porções por semana e; -24%: 4,5 porções por semana, respectivamente).
Um estudo
clínico chamado PREDIMED, que visa avaliar os efeitos benéficos da dieta
mediterrânea na prevenção primária de doenças cardiovasculares e que possui
como um dos coordenadores Jordi Salas, constatou que o consumo total de iogurte
esteve associado com um menor risco de diabetes tipo 2, independente do teor de
gordura. De fato, um maior consumo de lácteos totais desnatados e iogurte total
durante o acompanhamento foi inversamente associado com diabetes tipo 2. Na
pesquisa, constatou-se que um aumento médio de uma porção/dia de iogurte (125
gramas) foi associado à redução de 33% no risco de diabetes tipo 2. Além disso,
substituir uma porção/dia de uma combinação de biscoitos e chocolate por uma
porção/dia de iogurte reduziu 40% o risco de diabetes tipo 2. Em um outro ramo
do estudo PREDIMED, o consumo de iogurte, bem como de queijos, foi inversamente
associado com a incidência de síndromes metabólicas.
Jordi citou
que um efeito benéfico, observado nos estudos epidemiológicos entre o consumo
de iogurte e a diabetes tipo 2, parecem ser independentes da qualidade de
gordura e não podem ser explicados somente por seus possíveis efeitos na
adiposidade. Várias suposições foram feitas para explicar o efeito do iogurte:
Primeiro:
pode ser explicado por seus efeitos benéficos na saciedade.
Segundo:
pode ser explicado por outros mecanismos, aumentando a sensibilidade à insulina
ou reduzindo a secreção pancreática.
Possíveis
efeitos probióticos também foram considerados. Salas destacou que os estudos
clínicos foram necessários para concluir definitivamente que o consumo de
iogurtes tem efeitos benéficos na sensibilidade à insulina e efeitos
preventivos sobre a diabetes tipo 2.
As informações são do
http://www.yogurtinnutrition.com.
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